A ostomia é uma intervenção cirúrgica que requer mudanças bruscas no estilo de vida. Isso porque ela consiste em fazer um orifício no corpo de pacientes que precisam de uma saída para o exterior e, assim, conseguirem realizar a eliminação de urina e fezes.
É um procedimento capaz de salvar vidas de pacientes com complicações no intestino e em outras regiões que não estão cumprindo seu papel, por diversas causas. Apesar disso, ela ainda é vista com preconceito e maus olhos por muita gente.
Segundo o Decreto 5.296, de 02 de dezembro de 2004, a ostomia é considerada uma deficiência física, na qual os pacientes ostomizados têm todos os direitos que possuem as pessoas com deficiência no Brasil.
Sem a estomia, os quadros de inúmeros pacientes não teriam solução. Portanto, hoje, vamos trazer um pouco mais sobre a condição. Continue a leitura!
O que é ostomia?
A ostomia é um procedimento cirúrgico que cria um orifício, chamado de estoma, de maneira permanente ou provisória.
O objetivo desse estoma é auxiliar o paciente que sofreu algum problema e precisa de uma abertura e/ou caminho alternativo de comunicação com o meio exterior para a saída de fezes ou urina, auxiliar na respiração ou auxílio na alimentação.
Confira os tipos de ostomia
Existem vários tipos de estomas que permitem a comunicação com o exterior. Veja:
- Colostomia: abertura no intestino grosso para saída de fezes.
- Ileostomia: comunicação do intestino delgado (fino) com o exterior para a saída de fezes.
- Urostomia: cria um trajeto alternativo para a saída da urina.
- Gastrostomia: comunicação do estômago com o meio exterior para alimentação através de uma sonda.
- Traqueostomia: comunicação da traqueia com o exterior, estabelecendo uma via respiratória, que pode ser definitiva, como acontece nos casos da cirurgia de laringectomia total ou temporária, comum para pessoas que necessitam de intubação prolongada.
No decorrer deste artigo, vamos focar na ostomia para intestino: colostomia e ileostomia.
Quais suas indicações?
As causas de pacientes necessitarem da ostomia são:
- Câncer colorretal;
- Acidentes;
- Traumas abdominoperineais, como ferimentos por armas, quedas e outros;
- Malformações congênitas, como ânus imperfurado e mielomeningocele;
- Doenças inflamatórias, como Retocolite Ulcerativa Inespecífica e Doença de Crohn;
- Doença de Chagas;
- Doenças neurológicas.
Uso de bolsa coletora na ostomia
Pessoas com estoma necessitam de diferentes equipamentos coletores e adjuntos para o seu processo de reabilitação.
O paciente, nos casos de ostomia para intestino, vive com uma bolsa coletora. É um saco coletor que recebe as fezes.
Há vários tipos de bolsa coletora: podem ser drenáveis ou não, opacas ou transparentes e em uma ou duas peças etc. Sua indicação vai depender do momento em relação a confecção da ostomia (se recente ou distante da data da cirurgia), de qual material a bolsa vai receber, as características do estoma e a presença de possíveis complicações.
Como o paciente vive com o estoma?
A ostomia é um procedimento que pode proporcionar qualidade de vida novamente. Entretanto, é muito comum que o processo de adaptação inicial seja difícil para os pacientes.
Desde o pré-operatório, eles devem passar por uma preparação e ser orientados por profissionais qualificados.
É uma situação delicada em que alguns cuidados serão essenciais para que o paciente viva com tranquilidade com o estoma, como:
- Manutenção e cuidados com o estoma;
- Aquisição de material apropriado para a contenção das fezes;
- Cuidados com a pele ao redor do estoma;
- Adequação alimentar e rotina de exercícios físicos personalizada;
- Compreensão de como lidar com a perda do controle da continência intestinal e a consequente eliminação de odores;
- Preparo psicológico para possíveis alterações nas atividades sociais, sexuais e, inclusive, nas cotidianas. Alteração da imagem corporal também deve ser tratada.
Ostomizados devem, ao longo da vida, receber apoio familiar e dos amigos, além de, eventualmente, até de um psicólogo, pois a condição pode afetar muito a autoestima e a qualidade de vida, sendo considerado um evento de grande impacto na vida de qualquer pessoa.
Apesar disso, a boa notícia é que, recebendo a melhor orientação e apoio multiprofissional possível, o paciente pode viver sua rotina com dignidade e com autonomia para de fato VIVER! Eles podem dançar, namorar, viajar e muito mais, como qualquer outra pessoa sem a “bolsinha”.
Confie em um coloproctologista qualificado
Como você viu, a ostomia é um processo que merece atenção desde o início. É fundamental ter um profissional coloproctologista qualificado e de confiança para receber orientações no pré, durante e pós-operatório.
Estamos disponíveis aqui na clínica para te ajudar nesse processo. Entre em contato