Você já ouviu falar em hamartoma cístico retrorretal? Essa condição é um tipo de tumor congênito, encontrado em maior quantidade no sexo feminino.
Apesar de ser uma condição séria, com um tratamento adequado de um proctologista de confiança, é possível chegar a um bom prognóstico para pacientes que sofrem com o hamartoma.
Continue a leitura para entender mais sobre essa doença, suas causas, o porquê ela atinge mais as mulheres e como é feito seu diagnóstico e tratamento.
O que é hamartoma cístico retrorretal?
O hamartoma cístico retrorretal é um tipo de tumor congênito, como visto anteriormente. É considerada uma neoplasia rara, ou seja, quando o tumor se dá por crescimento do número de células.
No espaço retrorretal, existem diversas estruturas embriológicas que podem desenvolver grupos heterogêneos de tumores.
Dessa forma, o hamartoma cístico retrorretal é formado a partir de remanescentes embrionários do intestino posterior, encontrados no espaço pré-sacral ou retrorretal.
Classificação dos tumores
De uma forma geral, os tumores localizados no espaço retrorretal podem ser classificados de acordo com sua origem.
São eles: congênitos, inflamatórios, neurogênicos, ósseos, vasculares e linfáticos, derivados de tecido conjuntivo ou metastáticos.
A maioria dos tumores localizados nesse local é benigna, o que é o caso do hamartoma cístico retrorretal. Ele também é considerado congênito, ou seja, é uma anomalia que ocorre durante a vida intra-uterina.
Conheça os sintomas do hamartoma cístico retrorretal
Os tumores benignos são capazes de crescer o suficiente para deslocar estruturas adjacentes no local. Dessa forma, quando atingem dimensões significativas, é esperado que pacientes se queixem de alguns sintomas proctológicos, como:
- Constipação intestinal
- Desconforto às evacuações
- Dor lombar, retal e sacral
- Sensação de evacuação incompleta
Entretanto, em grande parte dos casos, os pacientes são assintomáticos e dificultam o diagnóstico, como veremos a seguir.
Como é feito o diagnóstico do hamartoma cístico retrorretal
O diagnóstico da condição é um pouco complexo. Consideramos que a apresentação clínica dos tumores é inespecífica por conta da grande variedade de queixas dos pacientes ou, até mesmo, a falta delas.
Por isso, a avaliação é feita caso a caso. Geralmente, o toque retal é essencial para identificar a compressão extrínseca posterior na parede do reto e/ou canal anal, o que pode ser um indicativo para a condição.
Outros exames como TC e RM permitem uma avaliação completa dos tumores retro-retais, analisando aspectos como extensão, consistência, invasão de estruturas adjacentes, bem como comprometimento de linfonodos locais.
No diagnóstico dos tumores retro-retais, a radiografia pode mostrar calcificações locais e destruição dos ossos sacro e cóccix, sugerindo malignidade.
Nas lesões císticas com sintomas proctológicos, a retossigmoidoscopia, colonoscopia e enema opaco podem mostrar compressão extrínseca, outro indicativo para o hamartoma.
O difícil diagnóstico leva especialistas da área a acreditarem que sua incidência é maior do que a encontrada na literatura pelo difícil diagnóstico.
Público-alvo: o hamartoma cístico retrorretal é mais encontrado em mulheres?
A maior prevalência do hamartoma cístico retrorretal é nas mulheres, mas, na verdade, acredita-se que isso se dá pelo fato de que mulheres se submetem mais a exames de rotina do que homens.
Exames ginecológicos e, também, os check-ups no período gestacional podem indicar a sintomatologia pelo aumento do volume abdominal e compressão do canal do parto desse momento.
A idade média encontrada nos pacientes com tumor retro-retal foi de 30 e 60 anos.
Tratamento do hamartoma cístico retrorretal
O tratamento do hamartoma cístico retrorretal é cirúrgico, sendo capaz de prevenir complicações, como degeneração maligna, infecção e compressão nervosa.
É possível utilizar várias abordagens cirúrgicas, a depender do caso. Isso porque muitos tumores podem estar localizados em um espaço anatômico de difícil acesso.
A melhor técnica será decidida de acordo com a via de acesso, altura, tamanho da lesão e comprometimento de estruturas adjacentes.
O acesso posterior, com retirada do osso do cóccix para acessar a área do local do cisto, é uma abordagem mais utilizada para as lesões císticas retrorretais de localização baixa, com o objetivo de ressecção da lesão. Entretanto, as cirurgias minimamente invasivas, através da videolaparoscopia e da cirurgia robótica, apresentam-se como opções cada vez mais frequentes, com o avanço das novas tecnologias e treinamento dos cirurgiões.
Geralmente, é indicado uma limpeza do cólon no pré-operatório para evitar contaminações locais.
Consulte o coloproctologista para deixar sua saúde em dia
Agora que você conhece o hamartoma cístico retrorretal, sabe da importância de contar com um proctologista de confiança para o acompanhamento da condição.
Por isso, lembre-se de deixar seus exames de check-up em dia com esse especialista.
Venha agendar uma consulta! Será um prazer te ajudar.