Câncer colorretal: o segundo mais frequente entre os homens

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De acordo com o INCA – Instituto Nacional de Câncer, o câncer colorretal é o segundo mais frequente entre os homens, além de ser a terceira maior causa de morte por câncer no Brasil. Estima-se que o risco de desenvolvimento da doença ao longo da vida é de 5%, o que geralmente acontece após os 65 anos de idade.

Você conhece a condição? Sabe quais são os seus sintomas? Faz ideia de como preveni-la? Leia este artigo até o final e informe-se.

O que é o câncer colorretal?

O câncer colorretal é caracterizado por tumores que acometem um segmento do intestino grosso e do reto.

Geralmente a condição se inicia com a formação de pólipos, lesões benignas, por isso, tem um grande índice de sucesso em seu tratamento quando detectada precocemente. A remoção desses pólipos é a principal forma de prevenir que se tornem tumores malignos.

Tudo acontece a partir de uma célula do revestimento interno do intestino, que cresce formando proliferações, atingindo outras camadas do órgão. A lesão pode ainda invadir órgãos vizinhos, como a próstata e a bexiga, e até mesmo atingir a cavidade abdominal.

Quando alcançam o sistema linfático e sanguíneo, essas células tendem a se disseminar para locais mais distantes do corpo, na maioria dos casos para o fígado, para os pulmões e para o peritônio.

De acordo com a evolução descrita, o câncer de colorretal é classificado em diferentes estágios:

Estágio 0

Quando se restringe a camada mucosa (parte mais interna da parede do intestino grosso), denominado carcinoma in-situ, > 95% das pessoas diagnosticadas neste estágio têm uma sobrevida de no mínimo 5 anos.

Estágio 1

Quando há propagação para a camada muscular do intestino grosso, 90% das pessoas diagnosticadas neste estágio têm uma sobrevida de no mínimo 5 anos.

Estágio 2

Quando o câncer atinge a camada externa do cólon ou estruturas vizinhas, sem acometer os linfonodos. Entre 55% e 85% das pessoas diagnosticadas nesse estágio têm uma sobrevida de no mínimo 5 anos.

Estágio 3

Quando a doença atinge os gânglios linfáticos associados. Entre 20% e 55% das pessoas diagnosticadas nesse estágio possuem uma sobrevida de no mínimo 5 anos.

Estágio 4

Quando o câncer se espalha para outros órgãos, denominando o que chamamos de metástase a distância. Em média 5-11% das pessoas diagnosticadas nesse estágio possuem uma sobrevida de no mínimo 5 anos.

Sintomas do câncer colorretal

O câncer de intestino possui desenvolvimento lento e pode não provocar sintomas em seus estágios iniciais. Quando sintomático, as manifestações clínicas dependerão do local do tumor e de sua extensão.

Em geral, podem ser sinais e sintomas da doença:

  • Sangue nas fezes
  • Anemia de causa indeterminada
  • Fraqueza
  • Perda injustificada de peso
  • Cólicas abdominais recorrentes
  • Massas ou tumorações abdominais palpáveis
  • Dores abdominais recorrentes ou intensas
  • Mudanças do hábito intestinal
  • Constipação ou diarréia persistentes
  • Evacuações dolorosas
  • Distensões abdominais
  • Sensação de esvaziamento incompleto do conteúdo retal após evacuação

Tais sinais e sintomas podem estar associados a diferentes condições que afetam o sistema gastrointestinal, por isto, apenas o médico pode assegurar um diagnóstico preciso do caso.

Como é feito o diagnóstico do câncer colorretal?

A consulta terá início com uma anamnese completa. A anamnese nada mais é do que uma breve entrevista, onde o médico questionará sobre o histórico de saúde, os sintomas apresentados, os hábitos do paciente, dentre outras questões relevantes para uma maior compreensão da queixa.

Para diagnosticar o câncer colorretal, serão necessários ainda alguns exames complementares. Geralmente são requeridos:

Teste de sangue oculto: é recolhida uma amostra das fezes para verificação da presença de sangue que não pode ser visto a olho nu.

Toque retal: através deste exame é possível identificar lesões suspeitas na porção mais inferior do intestino (reto). Este exame é, praticamente, indolor e pode ser realizado na consulta inicial com o coloproctologista.

Colonoscopia: o exame avalia os cólons e o reto, internamente, através da inserção de uma pequena câmera usando um tubo fino. Se necessário, pode ser colhida uma amostra de tecido para biópsia, ou até mesmo, a ressecção de pequenas lesões, em caráter curativo.

Exames radiológicos: é utilizado contraste para visualização das paredes do intestino e verificação de possíveis anormalidades. Entretanto, na maioria das vezes, são empregados para avaliar possíveis complicações tumorais e estadiamento dos mesmos.

Tratamento

O tratamento leva em consideração a extensão do câncer, o histórico, a idade e o estado de saúde do paciente. São 4 os principais métodos recomendados.

Cirurgia

O procedimento dependerá da localização e do tamanho do tumor, e geralmente envolve a retirada da parte afetada do intestino, por isso recebe o nome de ressecção intestinal.

Na cirurgia pode ser realizada uma ostomia, que é a inserção de uma bolsa especial numa abertura feita na parede do abdome para coleta das fezes. A colostomia ou ileostomia podem ser temporárias, até que o cólon e o reto se recuperem, ou definitivas.

Por isto, é tão importante o diagnóstico precoce para tentarmos evitar esta condição, que embora, atualmente, com muitos recursos existentes para melhorar a qualidade de vida dos pacientes ostomizados, sempre é visto com preocupação, medo e angustia pelos pacientes, no momento de uma notícia como esta.

Radioterapia

A radioterapia é recomendada também para casos cirúrgicos, antes e após a intervenção, contribuindo de maneira significativa para o combate à doença. Além disso, é uma alternativa paliativa para pessoas com tumores muito avançados ou sem condições de cirurgia.

Quimioterapia

Embora seja considerado como um tratamento paliativo para situações avançadas de câncer colorretal, a quimioterapia pode apresentar bons resultados em pacientes em estágios moderados.

Imunoterapia

A terapia biológica, também conhecida como imunoterapia, estimula e fortalece o sistema imunológico, que ataca o tumor. Geralmente esse tratamento é utilizado de maneira complementar à cirurgia, à radioterapia e à quimioterapia.

Conclusão

Diante dos sintomas descritos ao longo deste artigo, consulte um especialista para investigação. Não negligencie os sinais e sintomas do seu corpo, independente da sua idade!

Se esse for o seu caso, entre em contato e agenda já a sua consulta.

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