Intestino saudável é sinônimo de uma alimentação balanceada, não há dúvidas. Mas o que poucos sabem é que as idas ao banheiro devem ser diárias ou, no mínimo, em dias alternados!
Claro. Estamos falando de um órgão que pode chegar a mais de 5 metros de comprimento. Agora imagina você que come o dia todo e vai ao banheiro apenas uma vez ao dia ou nem mesmo vai?!
Pois é… É hora de começar a rever essa alimentação. Além desta reeducação manter o seu intestino saudável, isso também pode acabar refletindo na sua qualidade de vida e longevidade!
Então vamos saber um pouco mais sobre como cuidar desse, que é um dos órgãos mais importantes do nosso corpo, o intestino.
Os cuidados para um intestino saudável começam pela alimentação
E ao se tratar de alimentação para o intestino, sempre nos lembramos das fibras. Mas de nada adianta comer tanta fibra sem tomar água o suficiente para que ela atue como formadora do bolo fecal. Além disso, outros fatores são essenciais. Veja.
Fibras solúveis
As fibras solúveis são as que, como o nome sugere, dissolvem na água e formam um gel que fica mais tempo no estômago e no intestino delgado, aumentando a sensação de saciedade.
Esse tipo de fibra é metabolizado e fermentado pelas bactérias boas do intestino, melhorando a saúde da flora intestinal e evitando doenças gastrointestinais. Além de amaciar o bolo fecal, as fibras solúveis melhoram a flora intestinal, ajudando na desintoxicação do organismo.
As fibras solúveis também se ligam à gordura e ao açúcar dos alimentos no intestino, fazendo com que eles sejam evacuados. Isso ajuda a controlar o colesterol e o açúcar no sangue.
Vários alimentos ricos em fibras solúveis podem ser facilmente encontrados no dia a dia, veja alguns exemplos abaixo:
Aveia, linhaça, cevada, chia, soja, maçã, limão, banana, laranja, morango, cenoura, batata-doce, ervilha, couve-flor, lentilha e feijão
Fibras insolúveis
Enquanto as fibras solúveis ficam mais tempo no intestino aumentando a sensação de saciedade, as insolúveis aceleram o trânsito intestinal.
Elas não são diluídas na água e sua fermentação no intestino é limitada, isso faz com que elas aumentem o volume das fezes e atuem como um laxante natural.
São indicadas para prevenir problemas como a constipação (prisão de ventre), hemorróidas e outras doenças relacionadas ao intestino
Esse tipo de fibra também favorece a eliminação de toxinas pelas fezes.
Os alimentos ricos em fibras insolúveis, geralmente, são cereais integrais, raízes, grãos, vegetais, verduras folhosas e a maioria das frutas e verduras não aquosas. Veja alguns exemplos abaixo:
Amêndoas com casca, amendoim, azeitona verde, passas, abacate, morango, tangerina, laranja, banana, pera com casca, maçã com casca, nozes e pêssego.
O grande trunfo dessas fibras é servir como fonte de energia de longa duração ao nosso corpo e ter, em quase totalidade, o excremento do seu conteúdo expelido pelas fezes.
Alimentos processados e ultraprocessados
Os alimentos processados são produzidos, basicamente, adicionando-se sal, açúcar, óleo ou vinagre aos alimentos in natura ou minimamente processados. Cozimento, secagem, fermentação, defumação, entre outros, integram as técnicas de processamento. Entre os exemplos de alimentos processados, temos conservas de alimentos em salmoura, frutas preservadas em açúcar, carnes salgadas ou defumadas, queijos e pães. Um dos objetivos do processamento é o aumento do prazo de validade dos alimentos.
Alimentos ultraprocessados são produzidos com a adição de muitos ingredientes como sal, açúcar, óleos, gorduras, proteínas de soja, do leite, extratos de carne, além de substâncias sintetizadas em laboratório a partir de alimentos e de outras fontes orgânicas como petróleo e carvão. Assim, tais alimentos têm prazo de validade maior, alteração de cor, sabor, aroma e textura. São exemplos de ultraprocessados: biscoitos recheados, salgadinhos “de pacote”, refrigerantes e macarrão “instantâneo”.
Como alguns ingredientes e métodos do processamento alteram, desfavoravelmente, a composição nutricional dos alimentos, como por exemplo, aumentando o conteúdo de sódio do alimento, ou a quantidade de calorias, o Guia Alimentar para a População Brasileira recomenda que tais alimentos sejam consumidos em pequenas quantidades. No caso de alimentos ultraprocessados, por serem nutricionalmente desbalanceados, a recomendação é evitá-los.
Aqui vai um alerta: os carboidratos de rápida absorção, geralmente originado de alimentos ricos em farinha de trigo e gorduras trans, são fonte de proliferação de bactérias ruins para o nosso intestino.
Portanto, evite.
Gorduras
Não precisa exagerar, mas as gorduras boas, provenientes dos peixes, abacate e oleaginosas são um ótimo remédio contra o ressecamento das fezes.
Além de manter o intestino saudável e em equilíbrio, isso pode evitar vários outros problemas intestinais, como as hemorróidas e a diverticulite, por exemplo.
Atividades físicas: movimentar o corpo, “movimenta” o intestino
Os hábitos diários, além da alimentação, interferem diretamente na saúde do nosso intestino. E um desses hábitos são os exercícios físicos.
Mas calma! Não precisa ser algo que você não goste de fazer.
Aliás, existem diversas modalidades que movimentam a região abdominal onde está localizado o intestino, de forma leve e contínua, o que ajuda a tornar a motilidade intestinal ainda mais eficaz. São eles:
- Abdominais;
- Yoga;
- Spinning;
- Tai Chi;
- Flow Training;
- Danças;
- Massagens;
- Natação;
- Corrida de rua;
- Ciclismo.
Para manter um intestino saudável é preciso diminuir os hábitos ruins
Um alerta para os vergonhosos e tímidos que sempre esperam a hora de chegar em casa para ter o seu momento íntimo de evacuar: cuidado.
Segurar as fezes pode gerar a hipertonia do seu esfíncter e dificultar o processo de evacuar depois.
O ideal é atender ao chamado do seu intestino, de imediato. Com isso o seu organismo se adapta a ter um horário regular para te chamar para o dever, o que no geral costuma ser mais fácil de ocorrer no período da manhã.
Outro péssimo hábito para o intestino é o cigarro e o álcool. Isso porque as bebidas alcoólicas podem gerar espasmos no intestino e aumentar sua permeabilidade, além de provocar irritações na mucosa e estimular a inflamação.
Já o cigarro aumenta os gases e irrita o intestino, além de promover uma maior facilidade de mutações nos reparos celulares, devido aos agentes químicos presentes nos cigarros.
Contudo, vale lembrar ainda que elevados níveis de estresse predispõe a doenças intestinais agudas, como por exemplo a síndrome do intestino irritável, com vômitos, diarréias, distensões abdominais ou prisão de ventre.
A boa notícia é que cuidar do intestino não é assim tão difícil, basta manter uma boa alimentação e manter um estilo de vida saudável, claro, obedecendo a hora da mãe natureza.
E lembre-se, sempre observe o aspecto das fezes, pois elas nos dizem muito sobre a nossa saúde.
Agende agora sua consulta e mantenha a saúde do seu intestino em dia. Até o próximo artigo!