Depressão e ansiedade tem relação com a saúde do seu intestino!

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O intestino, na verdade, é considerado nosso segundo cérebro e essa ligação é bem mais estreita do que imaginamos.

Entenda o porquê a saúde mental pode afetar a saúde intestinal neste artigo baseado em estudos. Acompanhe.

Depressão e ansiedade têm relação com a saúde do intestino: como a medicina tradicional enxerga isso?

A medicina tradicional do ocidente, como a conhecemos, trata cada segmento do nosso corpo de forma individualizada. 

Mesmo que esteja subentendido que o desequilíbrio de um órgão pode afetar o outro, especialmente, devido aos hábitos de alimentação, a ligação entre a nossa saúde psicológica e o restante do organismo seria meramente considerada psicossomática, isto é, uma reação emocional em cadeia que causaria outros sintomas adversos.

Mas, em 2016, um estudo foi além e mostrou que bactérias no intestino podem diferir em quem tem depressão e ansiedade.

Bactérias da flora intestinal influenciam o córtex pré-frontal

O estudo em questão, publicado na revista Translational Psychiatry, trouxe à tona que o estado da microbiota do intestino, a famosa flora intestinal, tem regulação de genes ligados à mielina.

E o que seria essa mielina?

Pois bem, trata-se de uma substância que reveste os nervos e atua na região frontal do cérebro, também conhecida como córtex pré-frontal, onde é produzida, principalmente, a dopamina, responsável pela nossa motivação.

Quantidades menores de dopamina são conhecidas por causar a depressão e doses maiores também são responsáveis pela ansiedade. Claro que isso não acontece de forma isolada, outros neurotransmissores podem estar envolvidos como a serotonina, tanto para a depressão quanto em casos de ansiedade.

O lado bom da história

Em 2019, outro estudo veio para complementar essa ideia. 

A Nature Microbiology mostrou que algumas bactérias da flora intestinal podem tanto alimentar a depressão quanto evitá-la.

Nessa pesquisa, 2100 adultos depressivos testaram positivo para algumas bactérias intestinais que não haviam no intestino de pessoas sem depressão.

Em contrapartida, pessoas não depressivas apresentaram concentrações maiores de determinados microrganismos.

Contudo, a ciência ainda não conseguiu dizer de forma abrangente a real razão de isso tudo acontecer.

É evidente que as bactérias intestinais fazem muito mais pelo nosso organismo do que acreditávamos. Ou seja, a microbiótica intestinal é responsável por muito mais do que somente a digestão.

Coprococcus e Dialister: bactérias intestinais reduzidas em estados de depressão

O mesmo estudo detectou que as bactérias Coprococcus e Dialister ficam reduzidas em indivíduos com quadro de depressão.

Já o chamado Faecalibacterium seria o organismo que aparece em níveis mais altos naquelas pessoas que não têm depressão.

Todas elas atuam quebrando as fibras alimentares e a partir daí produzem um tipo de anti-inflamatório conhecido como butirato.

Butirato: o anti-inflamatório natural produzido no intestino

O butirato é um ácido graxo de cadeia curta que também é encontrado em pequenas quantidades em pessoas depressivas. 

Mesmo que não seja possível afirmar que, de fato, é somente a menor presença do butirato no organismo de pessoas com depressão que seja a causa dela, ainda assim a presença de butirato poderia ajudar a prevenir a doença.

Um notável estudo de 2009 e outro estudo de 2015 nos mostra que 90% da serotonina seria produzida no intestino! E este é um neurotransmissor, também conhecido como “hormônio da felicidade”, que dentre as suas funções estão a regulação do ritmo cardíaco, do sono, do apetite, do humor, da memória e da temperatura corporal.

Depois das evidências: Como podemos melhorar nossa flora intestinal?

Bom, não há como negar que há inúmeras razões para crermos na ligação direta entre intestino e saúde mental e por isso, nenhuma das duas deve ser negligenciada.

Até mesmo porque, é importante salientar que os problemas da microbiota intestinal são mais conhecidos ainda por serem uma das causas da síndrome do intestino irritável.

Portanto, uma dieta saudável, rica em fibras e boas gorduras, é a mais adequada para que a saúde intestinal se restabeleça.

Por outro lado, o excesso de açúcar e gorduras saturadas podem aumentar a proliferação de bactérias nocivas ao nosso intestino.

Os antibióticos são considerados um risco à saúde do intestino a longo prazo, assim como os comprimidos de revestimento da parede estomacal da família “prazol” que alteram a receptividade dos nutrientes no organismo.

Devemos lembrar de que, na atualidade, cada vez mais abordamos os problemas de cada paciente de forma integral e a qualidade da flora intestinal tem se mostrado, cientificamente, como um importante fator na melhora da qualidade de vida dos pacientes. Por isto, é de suma importância o controle e tratamento da disbiose (desequilíbrio da flora intestinal) para o bom funcionamento de todos os órgãos e, assim, alcançarmos uma vida mais saudável.

E então, quer cuidar melhor do seu intestino? Entre em contato e agende uma consulta para conversarmos melhor.

 

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