Também conhecido como câncer colorretal ou câncer intestinal, o câncer de intestino é o segundo mais comum entre homens e mulheres, exceto o câncer de pele.
Além do cólon, o câncer de intestino pode acometer o reto, que é a porção final do tubo digestivo.
A maioria dos tumores se desenvolvem a partir de um pólipo nesta região.
Conheça agora os quatro subtipos do câncer de intestino.
Linfoma: câncer de intestino que acomete as células hematológicas
Linfoma é o nome técnico dado ao câncer do sistema linfático, tido como a rede de combate a doenças do corpo, e caracteriza-se pelo crescimento acelerado de uma célula não saudável.
Essa célula se reproduz desenfreadamente e o paciente é diagnosticado com linfoma ou câncer do sistema linfático.
Entretanto o linfoma também é um subtipo que, apesar de raro na região intestinal, pode se desenvolver no cólon, no reto ou em outros órgãos.
Vale lembrar que este é um tipo de câncer que ataca várias células e, por isso, pode surgir em diferentes partes do corpo e agir de forma silenciosa acima de tudo, com sintomas similares a qualquer outro tipo de alteração no organismo como fadiga e perda de peso.
Ele pode ser descoberto durante o exame colorretal que, normalmente, é realizado para identificar alterações na região anorretal, como as hemorróidas, por exemplo.
Tumor carcinoide: câncer intestinal que afeta os hormônios
O tumor carcinoide é um tipo de câncer de intestino que acomete as células hormonais, podendo ocorrer tanto no intestino grosso quanto no delgado.
Este é um tumor intestinal não polipóide, o que significa que, diferente da maioria, não é originado de um pólipo no intestino.
O crescimento do tumor carcinoide se dá pela produção de hormônios em excesso, tais como a histamina, serotonina, prostaglandinas e bradicinina.
Esses hormônios ficam constando em excesso no organismo e o fígado pode parar de processá-los, fazendo com que o paciente entre em estado carcinóide, com rubores no rosto e corpo.
Esses rubores podem surgir também por consequência da doença de pelagra, que é desenvolvida quando os tumores carcinóides utilizam o aminoácido triptofano para produzir esse excesso de serotonina. Com isso há a falta de niacina (vitamina B3), já que o triptofano é quem deveria estar produzindo essa vitamina!
Mas, como esses hormônios são destruídos pelo fígado, nem sempre há sintomas aparentes nos estágios iniciais, sendo um tipo de câncer bem silencioso em que o paciente só costuma descobrir a partir de sangramentos nas fezes, que pode ser acompanhado de cólica e alterações no trânsito intestinal.
Nesse estágio mais avançado, o paciente pode sentir fadiga, falta de ar, além de anemia detectada em exames de sangue.
Adenocarcinoma: um pólipo que se tornou cancerígeno
É o tipo mais comum de câncer colorretal, correspondendo a cerca de 96% dos casos diagnosticados, e, geralmente, é descoberto durante a colonoscopia.
Os pólipos intestinais que dão origem ao adenocarcinoma são benignos, e se desenvolvem até um tumor maligno ao longo de anos, normalmente, entre 5 a 10 anos do seu surgimento.
Este tipo de câncer intestinal pode acometer diversas partes do trato digestivo, incluindo o cólon (intestino grosso).
Geralmente, ele surge como um pequeno pólipo, também chamado de adenoma – tumor benigno – e é semelhante a uma verruga crescendo de tamanho que pode se tornar um adenocarcinoma em até 10 anos.
E na fase em que ainda é um pólipo, geralmente, não promove nenhum sinal ou sintoma específico. Por isso, eu costumo chamá-lo de “sementinha do câncer”, e assim sendo, retirando através da colonoscopia terapêutica, evitamos que ele cresça e se degenere para um câncer. Deste modo, fica clara a razão para que pessoas com mais de 45 anos devem realizar o exame de colonoscopia.
Tumor estromal gastrointestinal (GIST): um câncer de intestino que pode se disseminar para outros órgãos
O tumor estromal gastrointestinal (GIST) é um tipo de câncer raro que pode ocorrer tanto no intestino delgado quanto no estômago.
São mais comuns após os 60 anos de idade e mais raros antes dos 40, correspondendo a cerca de 1% de todos os tumores do trato gastrointestinal.
Ele cresce a partir de células do tecido conjuntivo, ou seja, na parede do estômago ou do intestino delgado.
Essas células são as células intersticiais de Cajal e servem como uma espécie de ‘marca-passo’ do nosso sistema digestivo.
São elas que enviam ordens que fazem com que os músculos do estômago e intestino se contraiam para digerir os alimentos.
Os casos intestinais registrados são menores do que os estomacais, sendo de 30% a 40% dos casos.
Além disso, o GIST também pode se desenvolver no esôfago, cólon e no reto.
É importante saber que este tipo de câncer pode se tornar metastático, ou seja, ser disseminado para outros órgãos. Mas, no geral, delimitam-se ao seu local de origem.
Assim como os outros, este tipo câncer intestinal pode ser descoberto, em grande maioria, apenas em exames de colonoscopia e endoscopia de rotina, uma vez que é um câncer silencioso e, quando há sintomas, são sintomas comuns a outras enfermidades, como anemia e dificuldade de engolir ou digerir alimentos.
Os sintomas mais alarmantes que podem surgir são as dores de barriga, vômito e evacuação com sangue.
Portanto cuide-se e previna-se, marque ainda hoje a sua consulta com um médico coloproctologista! E não se esqueça de que a partir dos 45 anos, as chances de desenvolver um câncer de intestino aumentam bastante, portanto é importante a prevenção!
Compartilhe esse conteúdo e salve vidas!