A endometriose intestinal é uma enfermidade que impacta milhões de mulheres em idade fértil em todo o mundo.
Ela ocorre quando o tecido semelhante ao revestimento interno do útero, chamado endométrio, se implanta fora dele durante o desenvolvimento embrionário, ou ao longo da vida pelos processos inflamatórios recorrentes, e acomete o intestino. Relembrando que o órgão pode ser atingido ainda na fase embrionária ou com o desenvolvimento da doença, durante o período reprodutivo feminino.
Essa condição pode desencadear dores intensas e complicações digestivas. Portanto, aqui vamos abordar as causas, sintomas e tratamentos disponíveis para a endometriose intestinal.
Causa da endometriose intestinal
Segundo as pesquisas lideradas pelo médico americano Dr. David B. Redwine, e apoiadas pelo especialista brasileiro Dr. Igor A. Chiminacio, do Hospital Vila Nova Star em São Paulo, a endometriose intestinal tem suas raízes no período embrionário.
De acordo com Redwine, essa condição ocorre quando células que deveriam ficar no útero acabam implantando-se fora dele durante a formação do sistema reprodutivo feminino.
Essa teoria sugere que a endometriose é algo que a paciente já possui desde o nascimento, mas que só se manifesta durante a idade fértil, influenciada por hormônios e outros fatores.
Redwine também defendia o termo “Mulleriose”, para abranger todas as doenças relacionadas ao desenvolvimento anormal das estruturas precursoras dos órgãos reprodutivos femininos.
Portanto, as endomulheres nascem com parte do tecido que reveste a parte interna do útero, em outras partes do corpo, como nos ovários e na superfície do reto, por exemplo. Isso pode causar problemas ao longo da vida, especialmente durante a idade fértil.
Consequentemente, a endometriose intestinal ocorre quando esse endométrio afeta o intestino, sendo classificada como “endometriose profunda intestinal” quando invade mais de 5 mm da parede intestinal, o que é conhecido como grau IV.
Conheça os sintomas
Algumas endomulheres com endometriose intestinal não apresentam sintomas, mas, em geral, a paciente pode sentir:
- Dor pélvica crônica e intensa;
- Dismenorreia (cólicas menstruais intensas);
- Sangramento (hematoquezia ou enterorragia) e dor ao evacuar (disquezia);
- Alterações nos hábitos intestinais, como constipação ou diarreia;
- Dor crônica no ombro direito;
- Dores na lombar e/ou no quadril;
- Dor durante a relação sexual (dispareunia);
- Menstruação irregular;
- Tenesmo (sensação de esvaziamento fecal incompleto ou desejo constante de evacuar);
- Cansaço ou fadiga.
Com relação à infertilidade, ela pode ser um sintoma e uma consequência da endometriose, porém, é importante destacar que nem todas as endomulheres enfrentam dificuldades para engravidar.
Já a obstrução intestinal, pode sim ocorrer como uma complicação da endometriose intestinal, bem como a formação de aderências intestinais.
Leia também: Endometriose intestinal: há tratamento?
Opções de tratamento para endometriose intestinal
Os tratamentos para endometriose intestinal são predominantemente cirúrgicos. Desse modo, a equipe especializada determinará o melhor curso de ação após avaliar os exames de imagem e conduzir o estudo clínico.
Existem algumas abordagens cirúrgicas comuns, dependendo das características das lesões. Aqui estão as técnicas cirúrgicas que podem ser empregadas e para quais tipos de lesões são frequentemente recomendadas:
Shaving
O “Shaving” é uma técnica de “raspagem” que remove as lesões intestinais superficiais. Geralmente, é realizada em lesões menores que 3 cm, afetando apenas a camada externa da parede intestinal, chamada serosa.
Esta é uma abordagem básica, embora nem sempre seja aplicável a todas as pacientes. Às vezes, é usada como parte de um procedimento inicial para tentar transformar uma ressecção segmentar em uma ressecção discóide, por exemplo.
Ressecção Discóide
A ressecção discóide envolve a remoção parcial em forma de disco da parte afetada da parede intestinal, utilizando um grampeador mecânico circular, geralmente, em lesões profundas e com até 3 cm de diâmetro.
Entretanto, também pode ser realizada após o “Shaving” em lesões maiores e que penetram nas camadas mais profundas do intestino, com menos de 30% de circunferência comprometida.
Ressecção Segmentar
A ressecção segmentar consiste na remoção de uma parte significativa do intestino, cerca geralmente de 10 a 20 cm. Desse modo, após a remoção, o intestino é reconectado diretamente, sem a necessidade inicial de uma colostomia.
Esta é a opção mais agressiva para tratar a endometriose intestinal e recomendamos sua aplicação em casos nos quais a infiltração ultrapassa além da camada muscular e afeta mais de 50% da circunferência do intestino, especialmente em lesões extensas ou quando há múltiplas lesões intestinais.
Apesar de ser uma técnica mais invasiva, é considerada segura, uma vez que é realizada há mais de duas décadas, seguindo protocolos estabelecidos e utilizando tecnologias avançadas, como videolaparoscopia, cirurgia robótica e dispositivos modernos, como pinças de energia ultrassônica e endogrampeadores mecânicos, apresentando resultado otimistas e confiáveis para sustentar os baixos riscos de tais ressecções intestinais.
Consulte um especialista em endometriose intestinal
A endometriose intestinal é uma condição ainda sub-diagnosticada e que muito afeta a qualidade de vida das mulheres. Assim, identificar precocemente os sintomas e procurar ajuda especializada é fundamental para uma melhor qualidade de vida.
Reconhecemos os desafios de diagnosticar e tratar essa condição e estamos ao seu lado: “Nós ouvimos os seus sintomas e acreditamos na sua dor”. Clique aqui e marque a sua consulta.
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🔘 Dr. Alexandre Nishimura
Coloproctologia | Cirurgião Robótico | Videolaparoscopia
Especialista em Endometriose Intestinal
CRM-SP 123875 | RQE 33011 – RQE 70525
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🔘 Dr. Igor Chiminacio
CRM-SP 247552 / CRM-PR 21710
Ginecologista / Videolaparoscopia
Especialista em Endometriose
RQE 14707 (SP) e 199 (PR)
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