Câncer colorretal: como identificar os sintomas?

O câncer colorretal, o segundo tipo mais frequente no Brasil, tanto em homens quanto em mulheres, representa uma preocupação significativa de saúde pública. Nesse sentido, ele é responsável por quase 20 mil mortes por ano no país. 

Caracterizado pelo crescimento anormal de células no intestino grosso, esse tipo de câncer requer uma detecção precoce e tratamento adequado para melhorar as taxas de sobrevida, bem como da qualidade de vida dos pacientes.

Identificação de sintomas

O reconhecimento dos sintomas do câncer colorretal é importante para um diagnóstico precoce e eficaz. Porém, também é importante ressaltar que geralmente os sinais só aparecem em fases mais avançadas da doença. Deste modo, a prevenção ganha papel significativo, mas vamos abordar esta questão logo mais.

Voltando aos sintomas, fique atento à:

  • Sangramento nas fezes: pode se manifestar de diversas maneiras, desde raias de sangue até fezes escuras e com odor fétido. Contudo, em alguns casos, o sangramento pode ser volumoso ou mesmo oculto, não sendo visível a olho nu;
  • Dor abdominal: geralmente, esse sintoma surge em casos mais avançados, quando os tumores já estão quase obstruindo o intestino ou se trata de um tumor ulcerado;
  • Perda de peso inexplicada: emagrecimento repentino e não relacionado a mudanças na dieta ou atividade física pode ser preocupante. Pois, isso pode indicar que o tumor está consumindo energia do corpo, agindo quase como um “parasita”, e exigindo recursos corporais para seu crescimento;
  • Fraqueza e fadiga: a perda de sangue devido ao sangramento no trato gastrointestinal podem levar a anemia – resultante da perda de sangue excessiva – causadora desses sintomas.

 

ASSISTA: “Os sintomas iniciaram aos 22 [anos] e eu negligenciei minha saúde ignorando os sinais” 

Explorando os tipos de tratamento

Cada paciente com câncer colorretal é único, e o tratamento varia de acordo com a extensão, localização, condições clínicas do paciente e estágio da doença. Por isso, em casos diagnosticados precocemente, tratamentos minimamente invasivos, como a colonoscopia terapêutica, podem ser uma opção. Essas abordagens visam preservar a função intestinal e evitar procedimentos mais invasivos, como uma cirurgia e até a confecção de uma colostomia.

Especialmente em câncer de retos médio e inferior, a cirurgia pode ser evitada em alguns casos, com protocolos de radio e quimioterapia que podem levar à remissão da doença e cura completa. No entanto, nos pacientes com indicação de cirurgia, a cirurgia robótica pode ser uma opção vantajosa, principalmente naqueles pacientes que nunca foram submetidos a cirurgias abertas extensas (laparotomias). A técnica robótica oferece uma abordagem minimamente invasiva, reduzindo o tempo de recuperação, menor risco de hérnias incisionais e melhorando os resultados pós-operatórios.

Ostomias

Em alguns casos, como parte do tratamento do câncer colorretal, pode ser necessária a criação de uma ostomia

Existem diferentes tipos, incluindo colostomias temporárias ou permanentes, dependendo das necessidades específicas do paciente e da localização do câncer no intestino. 

Lembrando que, esses procedimentos são essenciais para garantir a continuidade da função intestinal e a qualidade de vida do paciente durante, e após, o tratamento.

Cirurgia robótica para tratamento de câncer colorretal

A cirurgia robótica é uma opção avançada e eficaz para o tratamento do câncer colorretal, oferecendo uma série de benefícios significativos aos pacientes. Assim, veja abaixo as principais indicações e vantagens do procedimento:

  • Incisões pequenas: resultam em menor trauma para o paciente gerando uma recuperação mais rápida;
  • Fechamento com pontos absorvíveis: elimina a necessidade de posterior remoção dos pontos no consultório, reduzindo o desconforto pós-operatório;
  • Colas dérmicas específicas: auxiliam no fechamento da ferida e promovem uma melhor cicatrização, reduzindo o risco de infecções e gerando maior conforto em relação aos curativos (dispensados, nesse caso);
  • Experiência mais agradável: minimiza os desconfortos e promove uma recuperação mais tranquila e agradável aos pacientes.
  • Menor risco de sangramentos: através das cirurgias minimamente invasivas a possibilidade de realizar uma cirurgia com mínimas perdas sanguíneas é uma vantagem considerável, quando temos que tomar uma decisão sobre qual abordagem realizar. Devido às pequenas incisões na parede abdominal e movimentos cirúrgicos mais delicados as perdas sanguíneas são, geralmente, muito menores do que nas cirurgias abertas (laparotômicas). 
  • Melhor visualização da área operada: através da plataforma robótica o cirurgião realiza os movimentos dos braços e pinças robóticas sob uma visão tridimensional (3D), que proporciona mais conforto e segurança aos movimentos do cirurgião, promovendo uma maior visualização e segurança operatórias.

Portanto, esses e outros benefícios fazem da cirurgia robótica uma escolha cada vez mais preferida no tratamento do câncer colorretal, proporcionando resultados positivos e melhorando a qualidade de vida dos pacientes.

Prevenção: a melhor escolha no combate ao câncer colorretal

Como disse, a prevenção é fator importante tratando-se do câncer colorretal. Por conta da doença ser assintomática nos estágios iniciais é preciso realizar os exames preventivos, que podem detectar os pólipos intestinais, ou seja, as lesões pré-malignas mais comuns do câncer de intestino.

A colonoscopia é o exame padrão ouro para este caso, e a recomendação é que sua realização comece a partir dos 45 anos, para todos, sejam homens ou mulheres. Em casos onde há histórico familiar, recomendamos que a realização ocorra a partir dos 40 anos de idade ou 10 anos antes da idade que o parente mais novo a ser diagnosticado tinha quando recebeu o diagnóstico. Exemplo: se o familiar descobriu o câncer com 45 anos, a recomendação é que você realize a colonoscopia aos 35 anos.

Outra questão importante é que o câncer colorretal tem como principal fator de risco o estilo de vida moderno. Sendo assim, os cuidados com a alimentação e a realização de atividades físicas é muito importante para prevenir este tipo de câncer tão incidente na população. 

Nesse sentido, a corrida, em particular, é uma atividade física eficaz que pode ajudar a manter o funcionamento saudável do intestino. Além disso, adotar uma dieta equilibrada é essencial, reduzindo o consumo de carne vermelha e limitando-a a menos de 500 gramas por semana. 

Incorporar hábitos saudáveis, como a prática regular de atividade física e uma alimentação balanceada, pode contribuir significativamente para a redução do risco dessa doença e para uma melhor qualidade de vida.

Para aqueles que buscam um coloproctologista especializado em cirurgia robótica, estou à disposição para oferecer suporte e orientação adequados. Sou o Dr. Alexandre Nishimura, Médico Coloproctologista, e estou comprometido em fornecer cuidados abrangentes, humanizados e personalizados para cada paciente, visando sempre o seu bem-estar, experiência e conforto com o atendimento de toda a minha equipe de especialistas.

Leia também: Câncer de intestino pode ser operado com robótica?

 

Dr. Alexandre Nishimura

Coloproctologia | Cirurgia Robótica | Videolaparoscopia

CRM-SP 123.875 | RQE 33.011 – RQE 70.525

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