Recentemente, Preta Gil revelou em uma entrevista ao Fantástico que passou por uma cirurgia para amputar o reto, como parte do tratamento contra o câncer de intestino.
Essa decisão, embora difícil, é uma opção importante em casos de câncer colorretal e de doenças inflamatórias intestinais graves.
Portanto, neste artigo, vamos explorar o que envolve a cirurgia de amputar o reto e em que situações os especialistas a indicam. Continue a leitura!
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O que é a amputação do reto?
A amputação do reto, formalmente conhecida como ‘proctectomia’, é um procedimento cirúrgico fundamental para tratar condições graves que afetam a parte final do intestino grosso, o reto.
Assim, esse procedimento, muitas vezes, é necessário para pacientes que enfrentam o câncer colorretal, uma condição que, infelizmente, acomete tanto homens quanto mulheres e é um dos tipos de câncer mais frequentes no Brasil.
Além disso, a cirurgia também se torna uma escolha vital para tratar doenças inflamatórias intestinais severas, como a doença de Crohn e a colite ulcerativa, por exemplo.
Preta Gil: quando amputar o reto é necessário?
Quando falamos sobre a amputação do reto, estamos lidando com uma decisão médica que se baseia em fatores como a localização e características do tumor.
Dessa forma, em casos nos quais o câncer recidivou, não teve uma resposta completa ao tratamento neo-adjuvante com radioterapia e quimioterapia ou está localizado na parte inferior do reto e invadindo a musculatura, a remoção total pode ser a melhor abordagem para tentar atingir a eficácia do tratamento.
O mesmo vale para situações graves de doenças inflamatórias intestinais, que podem comprometer significativamente a qualidade de vida.
No caso da Preta Gil, a situação exigiu uma abordagem mais agressiva devido à gravidade de seu quadro. A cantora revelou que, durante seu tratamento, enfrentou o desenvolvimento de quatro tumores em um período de seis meses.
A localização e características dos tumores são determinantes para a decisão de realizar a proctectomia. Isso porque, quando o câncer está localizado no meio ou no terço final do reto, a cirurgia de amputação se torna uma opção necessária, especialmente se o tumor atinge o músculo esfíncter que controla a saída das fezes ou se está sem margem para uma reconexão intestinal.
Preta Gil, portanto, passou pela cirurgia para amputar o reto como uma medida vital para tratar o câncer de intestino e tentar que a doença não se espalhasse ainda mais.
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Como a cirurgia para amputar o reto é realizada?
Há diferentes formas de realizar a proctectomia. Conheça algumas delas:
- Proctectomia com anastomose coloanal:
- O reto e os linfonodos ao redor são removidos;
- O cólon é conectado ao ânus para permitir a passagem das fezes de forma mais natural;
- Em alguns casos, uma bolsa de colostomia pode ser utilizada temporariamente.
- Ressecção abdominoperineal:
- Inclui a remoção do reto, ânus e esfíncter;
- Necessário uso de uma bolsa de colostomia permanente.
- Exenteração pélvica:
- Para câncer que afetou órgãos ao redor, como bexiga ou útero;
- Envolve a remoção do reto e outros órgãos afetados, podendo necessitar de colostomia e urostomia permanentes.
Sobre o procedimento
Atualmente, os especialistas realizam a proctectomia com técnicas avançadas que visam a minimizar o impacto da cirurgia e acelerar a recuperação.
Nesse sentido, entre essas técnicas, destacam-se a laparoscopia e a cirurgia robótica, que têm transformado o campo das intervenções cirúrgicas.
Entre as vantagens de técnicas minimamente invasivas, estão:
- Menor perda de sangue;
- Recuperação mais rápida;
- Menos dor pós-operatória;
- Menor risco de complicações;
- Cicatrizes menores.
Recuperação após a cirurgia para amputar o reto
A recuperação após a proctectomia pode exigir uma estadia no hospital, com o paciente recebendo analgésicos, antibióticos e, possivelmente, anticoagulantes.
Por isso, durante o período de recuperação, é importante seguir as orientações médicas, ajustar a dieta e aprender a cuidar da colostomia, se necessário.
Dessa forma, o acompanhamento contínuo e cuidados específicos são essenciais para uma recuperação bem-sucedida.
Preta Gil, ao compartilhar sua experiência, ajudou a trazer à tona a realidade de muitos pacientes que enfrentam condições similares.
Além disso, ajudou na transmissão de informações sobre a proctectomia, um procedimento complexo, mas essencial em certos casos para o tratamento eficaz do câncer colorretal e outras doenças graves.
Portanto, se você ou alguém que conhece está enfrentando uma situação semelhante, é fundamental discutir todas as opções com um especialista para entender o melhor caminho a seguir.
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Dr. Alexandre Nishimura
Coloproctologia | Cirurgia Robótica | Videolaparoscopia | CRM-SP 123.875 | RQE 33.011 – RQE 70.525
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