O câncer colorretal destaca-se como o segundo tipo de câncer mais prevalente no Brasil, exceto os tumores de pele, afetando tanto homens quanto mulheres, e atinge principalmente indivíduos acima dos 45 anos. Porém, o número de casos nos mais jovens vem aumentando.
Surpreendentemente, diferentemente do que muitos pensam, em quase 80% dos casos, são os fatores externos — como hábitos de vida e dieta inadequada — que desempenham um papel importante no desenvolvimento desta doença, e não tanto pela hereditariedade.
Detectar o câncer colorretal nas fases iniciais aumenta significativamente as chances de sucesso no tratamento, minimizando complicações e maximizando a qualidade de vida pós-tratamento.
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Câncer colorretal: sinais e sintomas para atenção
O câncer colorretal é assintomático nos estágios iniciais, por isso que tanto falo de prevenção por aqui também. Porém, há alguns sintomas que nos ajudam a detectar a doença, como:
- Sangue nas fezes: pode se manifestar de várias formas, incluindo fezes com raias de sangue, fezes escuras e com odor fétido, ou até mesmo na forma de sangue oculto nas fezes (invisível ao olho nu);
- Fraqueza e fadiga: isso pode ocorrer devido à perda de sangue causada pelo sangramento no trato gastrointestinal, resultando em um quadro de anemia;
- Dor abdominal: se você sentir dor ou desconforto persistente no abdômen, especialmente se não estiver relacionado a outras condições, pode ser um sinal de câncer de intestino. No entanto, esse sintoma geralmente aparece quando os tumores já estão grandes e obstruindo a luz intestinal;
- Perda de peso inexplicada: se você estiver perdendo peso sem mudanças na dieta ou atividade física, isso pode ser preocupante. Pode indicar que um possível tumor esteja consumindo muita energia corporal, agindo como um “parasita”.
Tratamento
As decisões sobre o tratamento do câncer colorretal variam conforme as condições clínicas, estágio e extensão do câncer de cada paciente, tornando cada caso único.
Em certas ocasiões, especialmente quando o câncer colorretal é diagnosticado precocemente, tratamentos minimamente invasivos, como a colonoscopia terapêutica, podem ser uma opção viável.
Essas abordagens têm como objetivo preservar a função intestinal, evitando a necessidade de uma cirurgia ou até mesmo do uso de uma bolsa de colostomia.
Ademais, em alguns casos de câncer de reto, a cirurgia pode ser evitada quando após protocolos de radio e quimioterapia, os pacientes apresentam uma resposta completa de cura, ou seja, sem evidências da presença da doença tumoral residual.
Lembrando de que nos casos de tumores de cólons e reto superior a cirurgia torna-se essencial para tentar alcançar a cura da doença e que pode, ou não, ser seguida de quimioterapia adjuvante. Sendo que as cirurgias podem ser realizadas através de laparotomia (“corte”) ou de cirurgias minimamente invasivas (videolaparoscopia ou cirurgia robótica).
No entanto, é importante ressaltar que pacientes submetidos as cirurgias laparotômicas prévias podem apresentar aderências, o que pode tornar os procedimentos cirúrgicos minimamente invasivos, como a cirurgia robótica, uma contra-indicação relativa.
Cirurgia convencional vs. Minimamente Invasiva
Quando se trata de tratamentos cirúrgicos, a comparação entre os métodos convencional, laparoscópico e robótico revela importantes vantagens nas tecnologias mais avançadas.
As cirurgias “com cortes”, embora eficazes, frequentemente envolvem incisões maiores, que resultam em períodos de recuperação mais longos, maior tempo em jejum, maior risco de hérnias de parede abdominal, maior nível de dor ou desconfortos pós-operatórios e maiores riscos de infecção.
Por outro lado, a cirurgia robótica oferece uma precisão incomparável, com incisões menores que não apenas reduzem o risco de complicações, mas também diminuem significativamente o tempo de hospitalização e recuperação do paciente.
Além disso, a tecnologia robótica permite uma visualização tridimensional do campo operatório e do uso de recursos tecnológicos para avaliar a vitalidade dos órgãos e disseminação tumoral.
Aumentando assim a precisão durante o procedimento, melhorando os resultados clínicos e minimizando as chances de revisão cirúrgica.
Enquanto os métodos convencionais permanecem válidos, as inovações em cirurgia robótica proporcionam uma experiência menos invasiva e mais confortável para o paciente e cirurgião. Ou seja, um novo padrão em cuidados cirúrgicos é estabelecido.
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Cirurgia robótica: benefícios específicos para o tratamento do câncer colorretal
Utilizando dispositivos de alta precisão, este método permite que o cirurgião execute o procedimento através de pequenas incisões, controlando braços de robôs cirúrgicos altamente sofisticados.
Esta técnica proporciona uma visão ampliada e tridimensional do sítio cirúrgico, além de uma estabilização dos movimentos das pinças cirúrgicas, reduzindo os possíveis tremores das mãos do cirurgião, oferecendo uma precisão cirúrgica superior. Como resultado, os pacientes beneficiam-se de uma recuperação mais rápida e menos dolorosa, com riscos reduzidos de infecção e complicações pós-operatórias.
Adicionalmente, a cirurgia robótica minimiza o trauma nos tecidos, preservando a função intestinal e reduzindo (em relação a cirurgia convencional ou “com cortes”) o processo inflamatório causado pela cirurgia. Algo que é fundamental para a qualidade de vida dos pacientes com câncer colorretal.
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Dr. Alexandre Nishimura
Coloproctologia | Cirurgia Robótica | Videolaparoscopia
CRM-SP 123.875 | RQE 33.011 – RQE 70.525