A principal queixa dos pacientes com hemorroidas é o sangramento. Entretanto, podem se apresentar, inicialmente, como um incômodo manifestado por uma leve agulhada ao sentar ou durante a evacuação.
As causas podem ser variadas, ou ainda a soma de vários fatores. Estilo de vida, excesso de peso na academia e até alimentação estão inclusas.
Mas o que talvez você não saiba é que existe mais de um tipo de hemorroida, e claro, sem os devidos cuidados ela pode se agravar.
Acompanhe neste artigo quais são os tipos de hemorroidas, como se prevenir e se tratar.
O que são as hemorroidas?
As hemorroidas são a dilatação dos vasos sanguíneos na região anal. Elas são, popularmente chamadas, como as “varizes das pernas”, porém como essa região é mais sensível, o incômodo tende a ser maior.
Com a dilatação excessiva da veia o sangue se acumula nessa região, fazendo com que o vaso fique sensível.
O que pode causar as hemorroidas e como evitá-las?
As fezes endurecidas são uma das principais causas das hemorroidas.
Esse aspecto das fezes é uma consequência de uma alimentação desequilibrada em fibras solúveis e insolúveis.
Isso porque os alimentos que contém os dois tipos de fibras, ajudam a aumentar a presença de muco intestinal para que as fezes deslizem mais facilmente pelo canal, além de propiciar um bolo fecal mais macio.
Por outro lado, o aumento do número das evacuações provocado por quadros de diarréias também pode desencadear uma crise de doença hemorroidária.
Fato curioso, e que um grande fator de risco é a introdução de objetos no orifício anal sem a devida lubrificação.
Vale lembrar que o sexo anal, por exemplo, é uma prática que estimula a circulação na região do reto, porém o descuido com a lubricação na hora da prática pode ser o grande causador dos sintomas das hemorroidas e não a pratica em si.
Aliás, outro fator de risco que acaba sendo desconsiderado por profissionais da saúde é o excesso de cargas e exercícios nas academias, principalmente, os agachamentos para o bumbum.
Pode parecer que não, mas dependendo do exercício físico, pode ocorrer o que chamamos de trombose hemorroidária, causando dor no ânus, nódulos roxos e duros, dificultando até mesmo a continuação dos treinos depois que surgem.
Quais são os tipos de hemorroidas?
As hemorroidas podem ser internas ou externas, isto é, as internas se originam logo acima da linha pectínea no canal anal.
Já as externas, se localizam na borda do ânus, em região abaixo da linha pectínea, e por isso, são, facilmente, visíveis.
Embora as hemorroidas internas se origenem na parte interna do canal anal, elas também podem se apresentar para fora do anus. Por isto, foram classificadas em diferentes graus, segundo a classificação de Goligher:
Grau 1
Hemorroidas que são apenas internas, ou seja, não se exteriorizam.
Grau 2
Quando no momento da evacuação a hemorroida aponta para fora do canal anal, mas volta, espontaneamente, após o ato.
Grau 3
É quando a hemorroida interna aparece do lado de fora do canal anal após exercícios físicos intensos ou depois da evacuação, e não volta por conta própria, precisando ser reinserida pelo paciente, com auxílio dos dedos.
Grau 4
Quando a hemorroida não retorna ao seu local de origem nem mesmo com ajuda digital e, por isto, a sintomatologia do paciente é alta, podendo sentir dor intensa e até a necessidade de cirurgia de urgência.
Qual é o tratamento das hemorroidas?
A boa notícia é que as hemorroidas têm cura e tratamento! Além disso, vale lembrar que elas não são malignas, ou seja, não se tornam câncer de intestino.
Alguns medicamentos vasodilatadores de uso oral podem ser indicados para atenuar as crises e fazer com que o paciente volte a rotina em poucos dias ou semanas.
Além do mais, o uso de medicação tópica como pomadas também são um auxílio para diminuir a dilatação dos vasos. Além de anestesiar, reduzem a sensibilidade local.
Nos casos em que a quantidade de vasos dilatados obstruem a passagem de fezes e causam prejuízos na vida do paciente, como baixa autoestima e excesso de sensibilidade no local, o mais indicado pode ser o tratamento cirúrgico.
Deste modo, para pacientes que, mesmo depois de realizar outros tratamentos, ainda apresentam crises de hemorroidas com dores, desconforto, coceira e sangramento, a cirurgia poderá ser uma opção plausível.
Entretanto, a maior indicação cirúrgica é focada no desejo da melhora da qualidade de vida do paciente.
Uma das técnicas mais utilizadas, pelos coloproctologistas do mundo todo, para remover as hemorroidas é a hemorroidectomia excisional, feita por meio de um corte.
Recuperação das hemorroidas
A recuperação demora entre 4 a 12 semanas. Por isto, devido aos grandes desconfortos pós-operatórios das técnicas excisionais, novas técnicas cirúrgicas foram desenvolvidas. Atualmente, dispomos das técnicas ditas como “sem cortes”, através do grampeamento e desarterialização com Doppler, Laser e Radiofrequência. Com elas obtemos uma recuperação acelerada, com menores taxas de dores, melhores efeitos estéticos e maiores índices de satisfação dos pacientes.
Portanto, podemos dizer que a recuperação demora entre 1 semana a meses, e a internação hospitalar pode ser de apenas algumas horas, ou seja, com alta hospitalar no mesmo dia!
Outro fator importante é que o tipo de anestesia dependerá de aspectos relacionados ao paciente e opção da equipe cirúrgica, podendo ser desde anestesia local com sedação até a anestesia geral.
Lembrando que quanto antes as hemorroidas forem tratadas, menores são as chances de novos vasos dilatados surgirem. Agende ainda hoje a sua consulta!