Vacina contra HPV: a importância de manter as doses atualizadas

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A vacina contra HPV tem sido um assunto cada vez mais abordado na mídia.

Afinal, os índices de doenças causadas pelo Papilomavírus Humano (HPV) são assustadores e a facilidade de contágio pode ser maior que o coronavírus! 

Entenda neste artigo a importância de se prevenir e porque a doença é tão contagiosa e cancerígena.

O que é o HPV?

O HPV é um vírus sexualmente transmissível que causa verrugas nos genitais, assim como em suas mucosas e arredores.

Também pode acometer o ânus, reto, boca, face e garganta.

Conhecido como Papilomavírus Humano, o contágio com o HPV pode ser indetectável, tendo em vista que algumas pessoas não irão desenvolver as lesões.

Além do quê, o vírus tem potencial contágio em todas as estações do ano e climas globais!

Os sintomas

A verruga esbranquiçada com múltiplas escamas é o principal sinal do HPV, além de coceira na região afetada.

Uma vez infectado, o paciente deve procurar um médico que irá encaminhá-lo para o especialista de acordo com o local da lesão.

Quando as mucosas não são afetadas, isto é, com verrugas na virilha e períneo, por exemplo, é recomendado tratamento tópico com pomadas e ácidos.

Do contrário, o paciente deve ser submetido a procedimento cirúrgico, que também é indicado para casos de lesões avançadas.

As estatísticas sobre o HPV que chocam 

Hoje, já sabemos que o HPV é responsável por pelo menos 70% dos cânceres de colo do útero e, aproximadamente:

  • 70% dos casos de cânceres vaginais e vulvares;
  • 90% dos casos de câncer de ânus;
  • 60% dos casos de câncer de pênis;
  • 70% dos cânceres de orofaringe.

A infecção persistente está ligada à progressão para o câncer cérvicouterino, ou seja, câncer de colo do útero. 

São cerca de 530.000 novos casos de câncer cérvicouterino no mundo, anualmente, com cerca de 266.000 óbitos registrados. 

A estimativa é que 1 em cada 100 mulheres que moram em países subdesenvolvidos desenvolva este tipo de câncer antes dos 75 anos.

Mas por que o HPV é tão cancerígeno?

Uma vez iniciado o crescimento das verrugas, elas se multiplicam e se proliferam aumentando a área afetada.

O problema é que, muitas vezes, o paciente não nota as lesões se multiplicando. 

Quanto mais verrugas instaladas, mais força o vírus tem, fazendo com que as células atinjam um crescimento anormal e desorganizado, tornando o paciente propenso ao câncer.

A importância da vacinação também se dá pela facilidade do contágio

O contágio pode acontecer mesmo no contato sexual com pessoas assintomáticas,  ou seja, sem lesões visíveis.

No entanto, são as lesões que tornam o vírus ainda mais ativo.

Por isso, além da prevenção durante o ato sexual com uso de preservativos, a vacinação contra o HPV é tão importante quanto as vacinas contra qualquer outra doença contagiosa dos dias atuais. 

Afinal de contas, mesmo ainda se tratando de uma vacina eletiva da qual não há obrigatoriedade, o risco do desenvolvimento de câncer que o contágio traz torna-a uma prioridade irrefutável.

Isso sem contar que, como o HPV resiste ao ressecamento e à desinfecção, ele pode sobreviver por muito tempo nas superfícies dos objetos. 

Outra forma de transmissão do HPV é no contato com o sangue do infectado, e em casos mais raros durante o parto.

Os tipos de vacina contra HPV 

Os quatro principais tipos de vírus são o tipo 6, 11, 16 e 18, onde as vacinas atuam tanto no surgimento de verrugas, quanto no risco de desenvolvimento de câncer.

A vacina é indicada para o público masculino e feminino a partir dos 9 anos de idade. 

O período entre as dosagens varia conforme a faixa etária, conforme segue: 

  • Dos 9 aos 14 anos: segunda e última dose após os seis meses;
  • Dos 15 aos 45 anos: três doses, sendo a segunda após dois meses da primeira aplicação e a terceira, quatro meses após a segunda aplicação.

Vale ressaltar que, mesmo após ter tomado a vacina contra HPV, é preciso utilizar preservativo nas relações sexuais. A vacina não inibe a infecção de outras DSTs!

De acordo com o Programa Nacional de Imunizações, o esquema da vacina HPV compreende duas doses, com intervalo de 6 (seis) meses entre as doses, de 9 a 14 anos de idade (14 anos, 11 meses e 29 dias) para meninas e meninos;

Para grupos com condições clínicas especiais, pessoas de 9 a 45 anos de idade, vivendo com HIV/Aids, transplantados de órgãos sólidos e de medula óssea e pacientes oncológicos, administrar 3 (três) doses da vacina com intervalo de 2 (dois) meses entre a primeira e segunda dose e 6 (seis) meses entre a primeira e terceira dose (0, 2 e 6 meses). Para a vacinação deste grupo, mantém-se a necessidade de prescrição médica.

Imunidade e prevenção

Ainda pouco se sabe se após a primeira infecção pelo HPV o indivíduo segue protegido de novas infecções pelo vírus.

Até o momento, as evidências são de que a imunidade pode se dar apenas pelo tipo específico do vírus em que o paciente obteve o contágio.

Contudo, a vacina contra HPV ainda é a melhor forma de prevenção, especialmente contra o câncer que pode ser provocado pela infecção a longo prazo, levando em consideração a importância da tomada das doses no período estabelecido, para que não ocorra baixa das barreiras de proteção no intervalo entre as doses.

O objetivo da vacinação da população masculina é prevenir os cânceres de pênis, as lesões ano-genitais pré-cancerosas e as verrugas genitais.

Além disso, por serem os responsáveis pela transmissão do vírus para suas parceiras, ao receberem a vacina, os homens colaboram com a redução da incidência do câncer de colo de útero e vulva nas mulheres, prevenindo também casos de cânceres, boca, orofaringe, bem como verrugas genitais em ambos os sexos.

As vacinas contra o HPV já estão disponíveis nos postos de saúde e devem ser administradas em duas doses, com intervalo de 6 meses, tanto para meninos, como para as meninas.

Rastreio do HPV

O HPV pode ser rastreado por meio da citologia anal, um exame não muito falado, mas de extrema importância no diagnóstico precoce de várias doenças causadas pelo Papilomavírus Humano.

O procedimento, que avalia o ânus, tem o mesmo objetivo do papanicolau, realizado em mulheres. Seu objetivo é identificar lesões por HPV que, se não tratadas, podem evoluir para o câncer.

Quem deve fazer a citologia anal?

Existem alguns grupos de pessoas que precisam, necessariamente, realizar o exame. São eles:

  • Homens que fazem sexo com homens (HSH) que têm HIV;
  • Pessoas que fazem sexo anal com frequência;
  • Pessoas que já tiveram HPV ou câncer de ânus;
  • Quem já teve câncer de colo de útero;
  • Pessoas que têm histórico de câncer de ânus na família;
  • Pessoas imunossuprimidas, como quem fez um transplante, tem HIV ou que está realizando quimioterapia

Como é feito o exame?

O exame não é nenhum bicho de sete cabeças! É preciso deixar os tabus de lado e lembrar que ele é, extremamente, importante para o rastreio precoce de diversas condições causadas pelo HPV.

Primeiramente, é realizado o exame físico, que analisa a região do ânus em busca de lesões, que já são tratadas, se identificadas. No caso da ausência de lesões por HPV, é solicitada a citologia anal, que visa analisar alterações não visíveis a olho nu. 

Caso o exame seja positivo, o médico solicita que o paciente realize a anuscopia, procedimento que aponta em qual região está a lesão suspeita.

Somente após esses exames é possível definir o melhor tratamento.

Coloproctologista e HPV: qual a relação?

As verrugas anais, principal sinal do HPV, podem ser, facilmente, identificadas durante o exame proctológico. 

Por isso é muito importante realizar o preventivo colorretal, que visa avaliar o canal anal, reto distal, ânus, e períneo.

Lembrando de que os condilomas anais são importantes causadores dos tumores de canal anal, justificando ainda mais a necessidade de avaliações periódicas, exames preventivos de rotina e orientações sobre práticas para a realização de sexo seguro.

Entre em contato comigo e agende uma consulta. Cuide da sua saúde, cuide de você!

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